sábado, 14 de outubro de 2017

Outros Vícios

Está além do escopo deste livro tratarmos em detalhes sobre cada tipo de vício, mas é interessante fazermos alguns comentários antes de prosseguirmos. Primeiramente, devemos nos lembrar que os vícios podem incluir muitas coisas em nossas vidas. Paulo diz aos coríntios: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma" (1 Coríntios 6:12). As Escrituras mencionam tais coisas como imoralidade sexual, o abuso do álcool, e a glutonaria, mas podemos nos deixar dominar por muitas outras coisas -- esportes, exercício físico, jogos de azar, cafeína -- e até mesmo coisas como a tomada de riscos. Devemos reconhecer que os desejos indisciplinados que dirigem os vícios são encontrados em cada coração humano. O Senhor Jesus disse: "Todo aquele que comete pecado é servo do pecado" (João 8:34). 

Sem dúvida, a tendência a um vício em particular é influenciada tanto pela genética quanto por várias influências em nossa educação, mas então nossa vontade entra em cena, pois gostamos de pecar. Então, quando nos entregamos repetidamente a um comportamento em particular, nos tornamos escravizados de modo que isso nos controla. Assim temos atos propositais de pecado combinados com a natureza controladora dos vícios. De fato, todo pecado age assim, mas os vícios tornam isso mais aparente. Se negamos a escravidão dos vícios, então precisamos assumir que o indivíduo tem poder para mudar a si mesmo. Isto não é verdade, pois a vontade do homem não tem poder algum contra o pecado sem o poder da graça de Deus. Por outro lado, se negamos o pecado voluntário envolvido nos vícios, então acabamos nos permitindo a colocar a culpa fora de nós mesmos, assim como fez o político mencionado anteriormente, que dava a desculpa de que seu tráfico de drogas era pelo fato de que seu cérebro estava bagunçado. A realidade é que uma tendência em nossos corações -- "o pecado que tão de perto nos rodeia" (Hebreus 12:1) -- encontra sua expressão nas escolhas pecaminosas e acaba num comportamento controlador que lembra uma doença. "Havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte" (Tiago 1:15).

Consideremos agora o terceiro aspecto do pecado e suas consequências: as circunstâncias e o pecado agindo em nós do lado de fora.

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