sábado, 11 de novembro de 2017

Circunstâncias Passadas

Além das circunstâncias atuais, devemos mencionar experiências que alguém pode ter tido anteriormente em sua vida. Trazemos esse assunto com cautela, não porque o fenômeno não existe, mas porque tem havido muita controvérsia e mal-entendido sobre esse aspecto do comportamento humano. É lamentável que Sigmund Freud tenha falado tanto sobre esse aspecto do comportamento humano, pois os crentes o têm recebido amplamente e a suas teorias, tendo sido ele um homem de visões ateístas e ideias anticristãs. No entanto, é verdade que experiências passadas moldam nosso pensamento e perspectiva, e experiências dolorosas podem levar-nos a desenvolver certas estratégias de enfrentamento ou mecanismos de defesa. Desde que essas estratégias de enfrentamento sejam boas (tais como buscar a ajuda de alguém ou evitar a causa do problema), elas tornam possível que reduzamos o impacto de eventos estressantes e mantenhamos um comportamento normal. No entanto, se elas se degeneram em mecanismos de defesa que são destrutivos, elas podem muito bem provocar distúrbios mentais em vez de evitá-los. Aqueles que reprimem uma memória dolorosa ou negam que algo desagradável realmente aconteceu podem experimentar algum tipo de alívio no curto prazo, mas eventualmente descobrirão que devem encarar a realidade. Podemos deixar uma lasca em nosso dedo para evitar a dor associada a removê-la, mas a infecção e a inflamação resultantes criarão um problema muito maior do que se antes tivesse passado pelo transtorno de removê-la. Assim, dores e experiências ruins que ocorreram no passado podem lançar uma sombra sobre nossas vidas, fazendo-nos pensar e agir de maneiras que são anormais.

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