domingo, 19 de novembro de 2017

Tratamento - Princípios Gerais

Seção 3 - Tratamento

Princípios Gerais

Todos sabemos que o tratamento de uma doença pode ser complicado, mesmo se estivermos considerando principalmente a doença física. Não é suficiente tratar apenas o corpo, pois sabemos que o espírito, alma e corpo interagem de maneiras bem reconhecidas, embora mal compreendidas. As Escrituras nos dizem que "um coração alegre promove a cura, mas um espírito quebrantado (abatido) seca até os ossos" (Provérbios 17:22, tradução de J.N.Darby). Do mesmo modo, lemos: "O espírito de um homem susterá sua enfermidade; mas um espírito quebrantado, quem pode suportar?" (Provérbios 18:14, tradução de J.N.Darby). Assim, a parte não-física e física influenciam uma à outra, seja para o bem ou mal. Este princípio é bem conhecido nos círculos médicos, e no mundo em geral. Mesmo em doenças simples e comuns como o resfriado, estudos apontam que pessoas felizes e bem ajustadas pegam menos resfriados, e de duração mais curta, do que aqueles que estão infelizes ou sob estresse.

O mesmo ocorre com a doença mental, pois vimos que, na maior parte dos casos, o espírito, a alma e o corpo estão envolvidos. Todos os variados fatores responsáveis devem ser considerados e identificados, e o tratamento não será efetivo sem isso. Muitas doenças mentais possuem algum componente físico, e assim é um erro enxergar todos os distúrbios mentais como problemas espirituais. Por outro lado, é um erro ainda maior enxergar todo o problema como físico, pois enquanto os medicamentos podem tratar o que é físico, eles não tem efeito moral, e jamais poderia alcançar a alma ou o espírito.

Um ponto muito importante deve ser feito aqui, a saber, que existe uma dimensão espiritual em todos os casos de doença mental. Há várias razões para isso. Em primeiro lugar, devemos reconhecer que Deus assim permite, assim como Ele permite as doenças físicas. A aceitação disso, e o reconhecimento da mão de Deus as permitindo, é o primeiro passo para lidar com o problema. Em segundo lugar, uma vez que o homem é um ser moral com uma responsabilidade perante Deus, existem questões morais e espirituais que afetam a doença mental. O espírito, alma e corpo interagem um com o outro, e quando o comportamento anormal ocorre, às vezes o comportamento pecaminoso também está envolvido (ou potencialmente envolvido). Finalmente, há a necessidade de reconhecer o problema da doença mental, e não negá-la. Assim como todo o pecado na carne, o homem tem uma tendência à excusar, negar, culpar aos outros, e talvez até mesmo culpar a Deus. Um indivíduo afligido pela doença mental pode ter a tendência de enxergar a si mesmo como normal, e os outros como anormais. Tal negação do problema resulta um uma vida muito infeliz, uma vez que nenhum tratamento pode resultar em qualquer efeito no longo prazo para essas pessoas. É claro, essas dimensões espirituais podem todas estar presentes também nas doenças físicas, mas tendemos a pensar que são frequentemente presentes, em um maior grau, na doença mental, e são, portanto, mais importantes neste caso.

Ao considerarmos o tratamento, nos referiremos com frequência às Escrituras. Enquanto os comentários feitos serão geralmente aplicáveis a todos que experienciam a doença mental, gostaríamos de deixar claro que iremos utilizar a Palavra de Deus livremente, como escritos para o benefício daqueles que conhecem o Senhor e que confiaram nEle como Salvador. Para aqueles que estão lendo isto que talvez não conheçam o Senhor Jesus como seu Salvador, nós ressaltamos que o único remédio para o pecado é encontrado no Senhor Jesus Cristo. Na cruz do Calvário Ele satisfez a Deus quanto a toda a questão do pecado, e agora lemos que "o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 João 1:7). Sobre esta base, lemos que Deus "manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam" (Atos 17:30, Almeida Revisada). Ele quer quer você conheça o Senhor Jesus como seu Salvador hoje mesmo, e que saiba que seus pecados estão perdoados!

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