segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Responsabilidade Moral

Conectado a essa verdade está o importante princípio que mencionamos anteriormente, a saber, que somos sempre moralmente responsáveis pelos motivos de nosso comportamento. Não podemos jogar a culpa do comportamento pecaminoso em algum distúrbio biológico no cérebro. Do mesmo modo, não podemos jogar a culpa nas circunstâncias difíceis ou em alguma experiência ruim do passado, como se não fôssemos responsáveis pelo que fazemos. (Infelizmente há muito dessas desculpas de mal comportamento no mundo hoje). Nem podemos escusar nossa falha em não conseguirmos ser como Cristo tomando refúgio em nossas dores corporais, como se não pudéssemos fazer nada.  Como dissemos anteriormente, certamente as doenças mentais e físicas podem tornar-nos mais vulneráveis a um ataque de Satanás e assim tornar mais fácil o pecar, mas não podemos usar isso como uma desculpa pelo comportamento errado.

Nosso comportamento pode ser simplesmente anormal e, assim, de certo modo censurável por nós mesmos e por outras pessoas, e às vezes pode ser claramente pecaminoso. Como já observamos, às vezes a linha entre ambos os casos é fina. No final, apenas o Senhor conhece perfeitamente todos os fatores que contribuíram para nosso estado mental alterado e talvez para nosso comportamento anormal. Na presença do Senhor podemos abrir nossos corações a Ele, que conhece todas as coisas, e que se importa conosco como um pastor cuida de Sua ovelha. Lemos em Isaías 53:4: "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si", e certamente isto inclui as dores da doença mental assim como a enfermidade que podemos experimentar. William Kelly comenta sobre esse versículo de um modo muito útil:
"Ele estava aqui neste mundo em graça, passando por um mundo arruinado, necessitado e triste, pronto a ajudar a qualquer que viesse a Ele, todos os que Lhe eram trazidos, endemoniados ou doentes; e uma palavra era suficiente para o pior. Assim foi cumprido Isaías 53:4 (não ainda a obra vicária [substitutiva] do versículo 5, em sequência). Certamente aquilo não era sacrificial... era o poder que dissipava a doença de qualquer paciente que entrava em contato com Ele; e isso tudo não como alguém em distância insensível, mas alguém que (em amor tão profundo como Seu poder) tomou tudo, levou tudo, sobre Seu espírito com Deus."*

{* Kelly, W., Christ Tempted and Sympathizing. (The Bible Treasury, Vol. 20), pg. 189}

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