domingo, 21 de janeiro de 2018

Conclusões Finais

Seção 4


Ao fazermos algumas observações finais, lembremo-nos de várias coisas. Primeiramente, vamos enfatizar novamente que Deus permitiu as doenças mentais na vida dos crentes, assim como Ele permitiu as doenças físicas. Muitas vezes, Sua graça é demonstrada mais na superação de tais problemas do que se nunca tivéssemos experimentado tais dificuldades. As palavras de um poema me vêm a mente:
"Muitos e muitos, como um menestrel arrebatador
Em meio àquelas cortes de luz
Dirão de sua mais doce música:
'Aprendi isso na noite!'

"E muitos, em uníssono canto
Que enche a casa do Pai
Clamaram em suas primeiras provas
Sob a sombra de um cômodo escuro."*
{* Tradução livre.}

Quantos já desfrutaram de hinos como os de William Cowper, cujo nome já mencionamos. E tais hinos foram escritos sob a experiência da doença maníaco-depressiva. Quantos santos de Deus já sofreram sob sérias dificuldades, e ainda assim encontraram, na graça de Deus, suficiência para ajudá-los a superá-las, e levaram consigo um testemunho brilhante, apesar de todos esses problemas!

Em segundo lugar, lembremo-nos que "as coisas que se veem são temporais" (2 Coríntios 4:18), e que "a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente" (2 Coríntios 4:17). As dificuldades desta vida podem parecer, às vezes, esmagadoras, mas o crente pode enxergá-las, todas, na luz da eternidade. Tais coisas não são apenas temporais, mas, como nosso versículos nos diz, operam por nós um peso eterno de glória muito mais excelente. Sem dúvida, há tempos em que são grandes as dificuldades, mas se elas são aceitas como vindas do Senhor, e que podem ser retiradas através dEle, elas podem produzir um eterno peso de glória. Apenas nesta vida podemos aprender que Deus é o Deus de todo a consolação, o Deus de todo encorajamento, e o Deus que pode nos dar a graça para passar pelas mais difíceis circunstâncias. Não podemos aprender tais coisas no céu, pois não haverá nada lá pelo que precisaremos de consolação ou encorajamento. Podemos ter tais experiências apenas aqui embaixo, e ainda assim o peso de glória aqui operado por nós é eterno.

Vamos fechar com uma citação de C. H. Mackintosh:
"Observe aquela silhueta arqueada e atrofiada, aquele corpo arruinado pela dor e exaurido pelos anos de sofrimento pungente. É o corpo de um santo. Quão humilhante é vê-lo assim! Sim, mas espere um pouco. Basta apenas trombeta soar e, em um instante, aquela estrutura pobre e decadente será transformada e feita semelhante ao corpo glorificado do Senhor que virá.

"E ali, naquele sanatório para doentes mentais, está um pobre paciente. Ele está ali há anos. É um santo de Deus. Quão misterioso é isso! É verdade, não podemos compreender tal mistério, está além do estreito alcance de nossa compreensão. Mas assim é, aquele pobre paciente é um santo de Deus e herdeiro da glória. Ele também ouvirá a voz do arcanjo e a trombeta de Deus, e deixará sua enfermidade para trás para sempre, ao subir para o céu, em seu corpo glorificado, para encontrar o Seu Senhor que vem. Oh! Que momento radiante! Quantos leitos de enfermos ficarão vagos então! Que mudanças maravilhosas acontecerão! Como o coração é cativado por tal pensamento e anseia cantar, em coro, o belo hino:

"Cristo, o Senhor, sim, voltará,
Ninguém O aguardará em vão:
Então Sua glória mostrará:
Com Ele os santos estarão.

"Quando o arcanjo a voz soar,
Os que já dormem ouvirão,
E, ressurretos, vão cantar
Louvores, em adoração.

"'Este é o nosso Redentor!'
As hostes todas clamarão:
'A Ele seja o louvor
E universal adoração!'"

(Hino #266 do Hinário Little Flock)

{* Mackintosh, C. H., "A Vinda do Senhor". Acervo Digital Cristão, pp. 28-29. Disponível em http://acervodigitalcristao.com.br/livros/a-vinda-do-senhor/ }

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